A divisão de itens de couro do grupo LVMH reportou uma queda de 5% nas vendas do terceiro trimestre, abaixo das expectativas de crescimento de até 2%. As vendas do grupo de Bernard Arnault caíram 3% em termos orgânicos, resultando em uma perda significativa de 21 bilhões de dólares.
Pontos-chave sobre a queda nas vendas de luxo:
- Crise na China: O elevado desemprego juvenil e a depressão nos mercados imobiliários e de ações diminuíram a confiança dos consumidores, tornando as compras de luxo menos atrativas.
- Saturação na Coreia do Sul: Apesar de os coreanos gastarem mais em luxo per capita, o mercado pode estar se aproximando de um ponto de saturação.
- Impacto de Conflitos Globais: A guerra na Ucrânia e tensões no Oriente Médio geram apreensão, afetando o consumo. Eventos como as Olimpíadas não trouxeram o retorno esperado, apesar do investimento em patrocínios.
- Aumento de Preços: Desde 2019, os preços de luxo aumentaram em média 54%, com algumas peças, como bolsas da Chanel e Louis Vuitton, subindo drasticamente. Essa elevação de preços é vista tanto como uma resposta aos custos quanto uma busca por maiores margens de lucro.
- Crise Criativa: A pressão sobre diretores criativos para alcançar resultados financeiros e agradar à crítica também impacta as vendas, com marcas como Dior e Gucci enfrentando desafios em suas direções criativas.
As expectativas agora se voltam para o quarto trimestre, especialmente em relação ao período natalino, mas as dificuldades enfrentadas por grandes marcas também devem repercutir em produtores menores e marcas independentes.